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Clareza de pensamento 21/12/2009

Posted by Denise Alves in Meus.
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“O jornalismo é a escola de  formação e de
aperfeiçoamento para o escritor, isto é, para o indivíduo que
sinta a compulsão de ser escritor. Ele  ensina a concisão, a
escolha das palavras, dá noção do tamanho do texto, que não
pode ser nem muito curto nem muito espichado. Em  suma, o
jornalismo é uma  escola de clareza de linguagem, que exige
antes clareza de pensamento”.

Drummond em Pena de aluguel: escritores e jornalistas no Brasil.

Já notou que exite pessoas que falam muito bem mas na hora de escrever ‘trava’? Isso nunca foi tão claro pra mim quanto no dilema fazer uma ligação ou mandar um SMS? Descobri como torno-me avarenta com as palavras diante daqueles 190 caracteres que meu celular me oferece para dizer tudo o que tenho para falar se não quiser ser cobrada em mais 0,59 centavos.

A primeira versão da mensagem tem 220. Não pode!!!! tem que caber no espaço da primeira mensagem. Volto, dou uma revisada… esse ‘que’ pode ser omitido. Esse ‘porque’ pode ser abreviado. Esse ‘mas’ é realmente desnecessário. E aquela palavra gigante deve ser substituída por um sinônimo mais curto! A língua portuguesa nos permite esses luxos!!!

E nessa ginástica para colocar tudo num espaço limitado, percebo como usamos mal as palavras. Como num discurso falado elas são jogadas a torta e a direita sem o menor respeito pelos seus significados, pela sua necessidade ou importância. Talvez se falássemos menos e escrevêssemos mais criaríamos, como diz Drummond, clareza de pensamento, objetividade no se expressar. Usaríamos menos palavras e literalmente pensaríamos antes de dizê-las ou melhor, escrevê-las.

Com o benefício extra de poupar dinheiro com a conta do celular. Afinal uma mensagem compacta com todas as informações necessárias para o meu recado de 190 caracteres me custou 0,59 centavos a mesma ligação com as interrupções do interlocutor não sairia por menos de 1,70 o minuto!!! Quase 3 vezes mais!!!! Pense meu filho, pense!!!!

Bolo – o todo é mais do que as partes 18/03/2009

Posted by Denise Alves in ciência, Meus.
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bolo1

Diga se a imagem acima não é simplesmente deliciosa…. de dar água na boca!!!! Hum!!!!! bolo…..

Não é de surpreender ninguém o fato deu ser louca por doces, mas sou particularmente fascinada pelos bolos, porque eles são o ápice – eita exagero – da demostração científica do homem desde que ele começou a usar o fogo.

Num belo dia algum homem primitivo descobriu que comer feijao cru, não era uma boa experiência, mas colocando-o com água no fogo, depois de algum tempo ele teria, feijao comestível, de duro a mole. A mesma experiência ocorre com o arroz.

Com a carne fica um pouco diferente, mas seguindo a mesma lógica, no final do cozimento têm-se carne macia, com textura e cheiros diferentes mas ainda sim parecido com a carne crua. Certo é que nossos ancestrais começaram a colocar alguns temperos nos alimentos para lhes realçar o sabor, um pouco de coentro, pimenta, sal… misturado com um pouco de tomate, cebola e pimentão…. mas no final continuamos a ter feijão com tomate, arroz com cenoura, carne temperada.

O meu deslumbramento está no bolo…. como alguém teve essa idéia. Sim porque o bolo é algo totalmente diferente de seus ingredientes.

Quem foi que teve a bendita idéia de misturar farinha de trigo, com açucar, ovos, manteiga e leite???? onde é que essa pessoa tava com a cabeça??? Porque imagine um prato montado assim… farinha de um lado, ovos de outro, um pouco de manteiga no canto regado com leite… ieca!!!!

Aí alguém pensou: Vamos misturar tudo e colocar no fogo!!!!! e Tcharam!!!!!! Temos um BOLO…. Uma experiência química perfeita, e deliciosa…. Um todo totalmente diferente das partes que o compõe inicialmente….

Fui procurar na  Internet a história do bolo e não encontrei, nem na Wikipedia. Esquisito muito esquisito…. será que ninguém conhece os primórdios dessa maravilha que nos acompanha desde que mundo é mundo?

Ninguém se lembra como essa história começou…

Quase um mito, talvez por ser algo tão divino, nem tenha sido inventado pelos homens, tenha sido vindo diretamente do céus, por isso a falta de memória…. sei lá….

Mas do céu ou da Terra continuo, como dizem por aí, comendo ajoelhado um bom bolo, quentinho… saído do forno… fofinho… ai….

P.S.: E se alguém souber como tudo começou por favor me explique.

O mundo de sofia 24/02/2009

Posted by Denise Alves in livros, Meus.
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Diz um provérbio que ninguém pode entrar no mesmo rio duas vezes, porque nem você nem o rio serão o mesmo na segunda vez. E tenho essa experiência cada vez que eu releio um livro.

Estou no momento relendo “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarden. A primeira experiência que tive com esse livro eu tinha exatamente a mesma idade da protagonista do livro Sofia, 15 anos, e devo admitir, foi um desastre. Achei o livro um tédio, chato de morrer, e cheio de… filosofia…

Mas algo dentro de mim dizia que ele era um livro legal, alguns colegas meus que tinham conseguido chegar até o final do livro diziam que era um livro muito bom, a crítica apoiava, as escolas adotavam e eu tinha que emitir algum juízo de valor, mas para isso precisava chegar até a sua última página! –  eu sou daquelas que não opina antes do final!

E o tempo passou… Anos mais tarde talvez com 18, 19 anos li o livro de verdade. Li todas as suas 547 páginas. Consegui. E o mais surpreendente: ele é para mim um dos melhores livros que já li em minha vida.

Não tanto pelo enredo que é criado apenas para se adaptar à história da filosofia, a minha opinião positiva tem mesmo haver com as correntes filosóficas tratadas junto com a forma como Jostein Gaarden consegue colocar essas idéias no dia-dia de pessoas humanas como eu e você.

Sofia me serve de porto seguro, pois cada vez que estou a ponto de esquecer que existe um mundo além do Coelho Branco, corro pra Sofia. Corro pras idéias iniciais que nos deram material para chegarmos a concepção de mundo de temos hoje. Certas ou erradas, arcaicas ou vanguardistas o livro mostra o caminho percorrido, as quedas, a coragem de enfrentar o desconhecido – assim como Cabral se lançando a novas terras – num mundo cheio de emoções e incertezas, críticas e cálices de cicuta.

E nunca é da mesma forma. Nunca com a mesma intensidade. Hoje é Locke que me encanta. Amanhã Hegel, e ainda tento entender Bjerkely e fico literalmente chocada com Kierkegaard.

Mas dessa aventura acredito que todos deveriam participar. Esse deveria ser o espinho na vida de todas as pessoas. Buscar a razão da nossa breve existência, tentar vê além, mesmo que isso provoque risadas das outras pessoas, romper barreiras e raciocínios pré-estabelecidos.

E quando releio um livro como esse, quando passo novamente pelas teorias, quando me deparo com os questionamentos de mundo, mesmo centenas de anos após a sua concepção, mesmo num mundo pós-moderno e virtual, continuo com a mesma conclusão a qual Sócrates chegou: A única coisa que sei é que nada sei – nada além do que me foi revelado e ainda há muito a se vê.

Crepúsculo 07/02/2009

Posted by Denise Alves in Filme, livros, Meus.
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Já faz tempo que estou querendo confessar isso: Vi Crepúsculo. É verdade. E o pior: GOSTEI, gostei não, amei.

Vi e revi em DVCam umas quatro vezes – o que o desespero não faz – e estou ansiosa pelo DVD. Mas você pode estar se perguntando, isso se você teve coragem de assitir, o que eu vi de tão especial num filme de romance adolescente, é! romance porque de terror ali não tem nada!, e a minha resposta é EU NÃO SEI, por isso vi e revi tantas vezes para entender porque um filme nesse estilo teve tanto poder sobre as minhas emoções. E assim saí para caçar as bruxas, ou melhor, vampiros dentro de mim.

Dizem por aí que nós somos 1% consciente e 99% inconsciente, que aquilo que percebemos rapidamente com um pequeno esforço mental está no nosso consciente, mas que as forças por trás dessas conclusões se escondem propositadamente no inconsciente/subconsciente e como no meu caso as respostas sobre a minha inesperada relação com Crepúsculo não foram achadas na primeira tentativa, cheguei a conclusão que deveria ir mais fundo, literalmente.

Então é aí que Freud entra na história, porque antes de Jung só existia Freud, e isso só mais adiante.

Freud teve a audácia de provar que nos escondemos de nós mesmos, que o nosso EU não consegue suportar algumas coisas sobre si mesmo e então para se auto-proteger do que considera impróprio à sobrevivência encontra meios de pelo menos driblar, ou como ele diz, reconfigurar a realidade, evitando uma relação direta entre causa(o que é) e efeito(o que e gostaria que fosse), numa intricada e complicada rede de mentiras/verdades que constroem a nossa percepção e reação ao mundo.

Resumindo: havia algo que eu estava escondendo de mim mesma. Mas o que? Meu consciente não sabia o que era, mas o meu inconsciente reconhecia algo de muito familiar em Crepúsculo e enviava milhares de gritantes mensagens codificadas sobre o que estava abaixo do limiar da consciência.

Depois de muito pensar sobre o assunto… e pensar sobre o assunto… e rever o filme… e forçar o portão do porão do meu cérebro, cheguei a uma conclusão – um dentre tantos motivos – quase uma EUREKA!!!!

É o amor.

Oh!! Claro que é o amor, afinal é um romance você queria o que!!! – você deve estar gritando para mim. Mas calma, não é apenas o amor. É o modo inconsciente como percebemos o amor.

A relação de Bella e Edward  é mais do que se pode ver rapidamente, como é dito pela própria mãe de Bella no livro Eclipse, é eu já li!!!!!!, é um amor estranho diferente… mas diferente como?…. Incondicional!

É essa a palavra que o meu cérebro não queria deixar aflorar. É isso que me chama a atenção no filme e no livro, porque eles falam de um amor incondicional. E não é isso que no fundo no fundo nós queremos? Alguém que nos ame simplesmente porque existimos. Sem nada em troca. Sem interesses outros.

Numa sociedade tão cheia de trocas de favores, onde usamos uns aos outros em benefício próprio como não se encantar com um amor assim.

Mas somos adultos! protestamos e esse é um filme para adolescentes por isso não me chama a atenção. Eu ousaria uma outra interpretação.

Nós adultos nos acostumamos com o mundo como ele se apresenta para nós. Aprendemos com o tempo e a experiência que pedras atiradas para cima SEMPRE caem. Que o sol nascerá amanhã. Que cachorro não fala. Que pessoas não amam sem um motivo.

Aprendemos isso, nos acostumamos. E criticamos quem ainda tem esperança.

As crianças e os adolescentes ainda acreditam no amor verdadeiro, ainda conseguem se encantar, seus mecanismos de auto-repressao não foram totalmente formados. Seus inconscientes ainda conseguem mandar informações ao consciente, que com o tempo e por causa das experiências conseguimos abafar.

E uma das coisas que temos dentro de nós, de todos nós, como ressalta Jung com a Inteligência Coletiva, é o desejo de sermos amados Incondicionalmente, ele está lá latente, quero sair, se expressar, só esperando a primeira oportunidade de mostrar quem no fundo nós somos e quando vemos um amor assim, paramos e nos sentimos atraídos.

Porém uma das coisas que o filme Crepúsculo também mostra é que esse amor não pode ser concedido por alguém da nossa própria espécie, mas alguém diferente, acima, transformado. Guardando as devidas proporções, só uma pessoa pode amar Bella (o ser humano) com todas as suas falhas de caráter sem pedir nada em troca e esse alguém é Edward(Jesus), um vampiro(Deus em forma de Homem), aquele que ao invés de exigir meu sangue, deu o dele por mim.

É disso que o nosso subconsciente se lembra quando assiste a Crepúsculo: Existe alguém que me ama como sou, e seu nome é Jesus.

É isso que está gravado no fundo do nosso ser por mais que tentemos abafar e substituir. Fomos criados para ser amados e desejamos ardentemente esse amor. Mas não nos permitimos confessar isso nem pra nós mesmos, quanto mais para os outros!

Mas deixe eu lhe dizer uma coisa: Ele é mais real do que você imagina.

 

Recomeçando… Metarmorfoseando… 07/02/2009

Posted by Denise Alves in Meus.
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Recomeçando. Metamorfoseando.

 

Oi. Essa é uma pequena abertura para dizer que voltei a escrever. Já faz alguns meses que estou olhando para o blog, blog olha para mim e eu tentando resistir até que não deu mais, paixão assim não se controla, se rende.

Mas deixando o exagero de lado, voltei com algumas mudanças. Primeiro o título do blog muda, deixa de ser tão específico – Jornalismo Científico – para abrangir mais áreas da minha existência. Porque descobrir uma coisa: não gosto de fazer nada por obrigação. Gosto de escrever, mas de tiver que escrever por obrigação dá logo um bloqueio. Gosto de jornalismo cientifico mas se tenho que escrever sobre ele, logo perco a vontade.

Então como você bem deduziu vou escrever sobre o que me der vontade de escrever. Sobre aquilo que estiver me inquietando no momento e precisar ser colocado para fora, ser compartilhado com o mundo, quase um parto, uma idéia que nasce para o beneficio da humanidade – só espero que ela não se meta com as pessoas erradas e acabe por me envergonhar.

Mais um recomeço nesse ano de 2009. Nos vemos nessa outra vida.

P.S.: Além disso foram alterados as cores, as imagens, a apresentação, e o Sobre.

Folha lança hoje e-mail gratuito com 4 Gbytes de capacidade 14/08/2008

Posted by Denise Alves in Meus, Tecnologia.
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